Perguntas Frequentes





Qual é o risco de uma mulher infectada pelo HPV desenvolver câncer do colo do útero?

Aproximadamente 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos. Relacionando-se os dados , como são aproximadamente 500 mil casos de câncer de colo do útero por ano, percebe-se que o câncer é um desfecho raro, mesmo na presença da infecção pelo HPV, assim conclui-se que a presença do vírus não determina o desenvolvimento do câncer!


Além da infecção pelo HPV, quais os outros fatores que aumentam o risco de uma mulher desenvolver câncer?


Fatores ligados ao sistema imunológico (de defesa do organismo), fatores genéticos como hereditariedade e ao comportamento sexual parecem influenciar os mecanismos que  ainda incertos que determinam a regressão ou a persistência da infecção pelo HPV e também a progressão para lesões que ocorrem antes do câncer. Desta forma, o tabagismo, o início precoce da vida sexual, o número elevado de parceiros sexuais e de gestações, o uso de pílula anticoncepcional e a imunossupressão (causada por infecção por HIV ou uso de imunossupressores) são considerados fatores de risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero. A idade também interfere nesse processo, sendo que a maioria das infecções por HPV em mulheres com menos de 30 anos regride espontaneamente, porém  acima dessa idade a persistência é mais frequente.

Uma pessoa infectada pelo vírus necessariamente apresenta sinais ou sintomas?

A maioria das infecções por HPV é assintomática ou inaparente e de caráter transitório, ou seja, regride espontaneamente. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas. Habitualmente as infecções pelo HPV se apresentam como lesões microscópicas (que não podem ser vistas a olho nu) ou não produzem lesões, o que é chamado de infecção latente. Quando não vemos lesões não é possível garantir que o HPV não está presente, mas apenas que não está produzindo doença, assim é de extrema importância a realização dos exames, para evitar a progressão da doença.



Existe risco de má formação do feto para mulheres grávidas infectadas com HPV?

A ocorrência de infecção pelo HPV durante a gravidez não implica em má formação do feto.

Qual a via de parto indicada para mulheres grávidas infectadas com HPV?

O parto normal não é contra-indicado, pois, apesar de ser possível a contaminação do bebê, o desenvolvimento de lesões é muito raro. Pode também ocorrer contaminação antes do trabalho de parto e a opção pela cesariana não garante a prevenção da transmissão da infecção. A via de parto (normal ou cesariana) deverá ser determinada pelo médico após análise individual de cada caso.



Existe câncer de colo de útero sem a infecção com HPV?


"Nos últimos anos tem-se constatado uma impressionante evolução quanto à relação entre câncer de colo uterino e HPV; assim, entre os anos 70 e 80 surgiram as primeiras evidências da provável associação e, no final dos anos 90, descrevia-se a presença viral em aproximadamente 100% dos casos de câncer cervical; por isso, passou-se a afirmar que não existe câncer do colo sem HPV.Admitia-se, naquela época, que ao se utilizar um teste biomolecular para a detecção do DNA viral, poderíamos identificar mais mulheres com risco para o desenvolvimento da neoplasia e, com isto, diminuir a mortalidade pela doença, que, especialmente no nosso meio, é um grave problema de saúde pública, visto que é um dos mais importantes tumores da genitália feminina e a maior parte dos casos que procuram os serviços públicos são diagnosticados em estádios avançados.Na década de 80, surgiram as primeiras evidências da relação entre infecção viral e desenvolvimento da neoplasia invasora do colo uterino. Aventava-se a hipótese de causa e efeito pelos estudos de biologia molecular. Na década seguinte, notava-se nítida tendência de se utilizar estas técnicas para rastreamento primário do câncer do colo do útero; atualmente, vários estudos e o FDA dos EUA aconselham a captura híbrida para pesquisa do HPV, juntamente com o exame de Papanicolaou para o rastreamento primário de câncer do colo em mulheres com 30 anos ou mais."  Sérgio Mansini Nicolau, Revista da Associação Médica Brasileira, vol.49 ;São Paulo, Julho/Setembro 2003.




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